Para marcar o Novembro Negro, o Encontro de Formação Pedagógica do Mais Infância deste sábado (11), trouxe na pauta a construção de uma educação antirracista e iniciativas para a promoção da consciência negra. Cerca de 600 profissionais de creches comunitárias lotaram o auditório da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), em Salvador, e contaram com palestras voltadas para a conscientização e luta contra o racismo sistêmico.
Com o tema “Educação Antirracista na Educação”, o professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) e mestre em Educação, Ubiraci Carlúcio, abordou em sua fala a importância de abordar o racismo, que ele classificou como uma doença social. “O racismo mata e está presente em diversas facetas da sociedade, seja ela cultural, ambiental, ou recreativa. Acho importante que possamos contribuir para um projeto de nação com respeito à diversidade e pluralidade, e nada melhor do que começar isto na infância”, destacou.
Professor Ubiraci Carlúcio pontuou que, assim como a família, a escola tem papel fundamental de acabar com esses estereótipos negativos e resquícios de um processo colonial de quase 400 anos de escravização. “A cultura, história e resistência negra são importantes. São 20 anos da lei 10.639 e é fundamental que ações afirmativas como esta, que representa uma conquista histórica do movimento negro, possam ser trabalhadas da forma mais adequada dentro dos currículos da escola”, acrescentou.
Também integrou a programação a palestra “Achados nas pesquisas acadêmicas sobre creches na Cidade de Salvador”, ministrada pela professora Raquel Alves, da Faculdade de Educação (FACED) da Universidade Federal da Bahia (UFBA).