Mais Infância: Encontros de formação pedagógica são retomados com transmissão ao vivo

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13/04/2024

Ao som das canções Simples Desejo, de Luciana Melo, e Emoriô, de Gilberto Gil, centenas de educadoras e educadores de creches comunitárias de Salvador e região metropolitana lotaram as instalações do Teatro Caetano Veloso, da Universidade Estadual da Bahia (Uneb), na manhã deste sábado (13). O motivo foi a retomada dos Encontros de Formação do projeto Mais Infância, idealizado pelas Voluntárias Sociais da Bahia (VSBA) com o objetivo de ampliar a capacitação destes profissionais através de oficinas e palestras pedagógicas. Este ano, os encontros ganharam transmissão ao vivo pelo canal do Youtube das VSBA, uma iniciativa pioneira que marca a inovação de interiorizar os debates e contemplar os demais municípios baianos.

“Essa é uma manhã de muitas emoções, mas também de admiração e inspiração pela trajetória e pelo trabalho de todas as pessoas que compõem cada uma dessas creches, sobretudo as mulheres”, afirmou a primeira-dama e presidenta das Voluntárias Sociais, professora Tatiana Velloso.

Para ela, o encontro consolida um momento importante como elemento não só de cultura, mas da identidade humana, considerando a necessidade de trazer esses debates para dentro do processo pedagógico. A primeira-dama destacou a Coordenação de Proteção à Criança e ao Adolescente por meio da Secretaria estadual de Justiça e Direitos Humanos, além de ações de apoio ao funcionamento, reestruturação física, ampliação e manutenção do atendimento e na compra de equipamentos para as creches comunitárias.

“Na condição de professora de universidade e em nome do nosso governador Jerônimo, que também é professor universitário, gostaria de dizer da importância da gente garantir o auxílio às instituições que cuidam da primeira infância. São estruturas e equipamentos que acolhem não somente as crianças, mas toda a comunidade com atividades socioeducativas para jovens e adolescentes, mas também para a inclusão socioprodutiva de mulheres”, acrescentou a presidenta das Voluntárias Sociais da Bahia.

As palestras foram iniciadas com a apresentação da professora Hamilta Queiroz, do Clube de Mães da Estrada das Barreiras, que falou dos desafios enfrentados pela educação comunitária e testemunhou sua história de luta e resistência enquanto educadora, através de uma militância por uma educação infantil para todas as crianças. Em seguida, os presentes assistiram uma apresentação cultural da banda percussiva Yayá Muxima, do Instituto Professora Hamilta que, na oportunidade, recebeu um kit de livros infantis doados pela Fundação Pedro Calmon.

A vereadora de Salvador, Marta Rodrigues, também marcou presença e destacou o protagonismo das mulheres na educação infantil e relembrou a criação de um fórum no primeiro governo do presidente Lula, onde foi instituído o Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, também com grande participação de mulheres.

As políticas públicas educacionais direcionadas aos povos indígenas no Brasil, em especial na Bahia, foram temas abordados na apresentação do coordenador da Educação Escolar Indígena da Secretaria estadual de Educação, Jeferson Pataxó. Para ele, pensar, reconstruir e ressignificar o dia dos povos indígenas, o 19 de abril, é necessário buscar informações referentes ao processo histórico.

A apresentação artística da cantora Denise Correia integrou a programação cultural do encontro e marcou as comemorações dos 40 anos da Creche Escola Comunitária São Miguel, no bairro Fazenda Coutos. Denise, que também é educadora, animou os presentes ao som de canções como Árvore, de Edson Gomes, e Tempo de Alegria, de Ivete Sangalo.

O direito à educação de crianças com autismo, síndrome de down e outras neurodiversidades foram pautadas pela pedagoga Marlene Cardoso e pelo advogado Matheus Martins, cadeirante e portador de miopia congênita.