Voluntárias participam de audiência sobre combate à epilepsia

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27/03/2015

Em sessão especial na manhã desta quinta-feira, no plenário da Assembleia Legislativa, em homenagem ao Dia Internacional da Epilepsia, ao ouvir representantes do setor, o deputado Alan Sanches (PSD) conclamou por maior participação do poder público em prol da causa. Dentre os principais impasses relatados por médicos e portadores está a distribuição de medicamentos, classificada como ineficiente. 

As Voluntárias Sociais da Bahia foram representadas no evento pela diretora administrativa, Neyliane Lemos. 

E conforme Alan Sanches, que é médico por formação e presidente da Comissão de Saúde e Saneamento, não é possível ignorar que a distribuição de forma regular, levando em conta que o tratamento deve ser contínuo, é fundamental para que o paciente tenha uma vida produtiva e sem preconceitos. “Ou seja, o acesso ao medicamento vai fazer com que as crises sejam mais espaçadas e sem grandes impactos, o que proporcionará uma vida com maior qualidade ao portador, a exemplo do que ocorre com os diabéticos”, frisou. 

O coronel Júlio Nascimento, do 1º grupamento da Polícia Militar, por sua vez, alertou para a necessidade de uma campanha de conscientização nas escolas. “Pois, na maioria dos casos, numa crise epilética quando um bombeiro chega o processo crítico já passou. Por isso, a necessidade de se orientar como ajudar é importantíssimo e a escola é ponto inicial desse trabalho de conscientização”, enfatizou. 

Sem esconder a emoção, o coordenador da Unidade de Apoio a Epilepsia em Salvador, Roque Brito, que também é portador, descreveu que: “nós portadores, somos os maiores preconceituosos da doença e hoje, embora a tecnologia tenha avançado, o nível discriminação é muito grande e isso se dá pela ignorância sobre a enfermidade que, consequentemente, dificulta o tratamento, que com medicações corretas pode ser solucionado”. Ele citou também a dificuldade de se ter acesso a medicações, onde nem todas são subsidiadas pelo governo. “Então o que a gente precisa só de uma coisa: lembrar que todo dia é dia de se conscientizar”.